A gagueira na ótica de um familiar gago.
Na minha família a gagueira é algo hereditário, começando por minha avó materna totalmente gaga. Dos seus cinco filhos somente um gago ( filho do meio) J. L. da S.. Dentre os outros filhos na sua família existe sempre um gago. O filho gago (do meio) da minha avó têm uma filha (do meio) que é gaga, R. da s. Minha mãe teve o primeiro filho totalmente gago, e eu que tenho momentos de gagueira, quando em momentos de total estresse( A. M. S. M.). Já minha irmã do meio têm três filhos gagos: uma filha de 18 anos, T. S., E. S. de 13 anos e M. C. de 05 anos. A gagueira se torna mais visível em momentos de stresse psicológico. Meu tio L. gagueja até quando canta.Mas não é atestado clinicamente como gago neurológico.
Depoimento de A. M.
Observação: interessante observar que há uma incidência de gagueira em relação ao filho do meio. (Artur)
A. M. M.
Pedimos à uma pessoa conhecida, que tem em sua família 2 casos de gagueira, que enviasse um testemunho sobre como tratou, como se sentiu ao descobrir, informações escolares e possíveis situações de manifestação, ao que ela nos respondeu e transformamos o seu relato no seguinte texto:(os dados de identificação forma alterados para preservar a identidade dos entrevistados):
J. percebeu a gagueira de seu filho F. aos 2 anos,deixando passar para observar se havia melhora,conforme orientação dada pela pediatra,pois a gagueira poderia ser passageira, o que não aconteceu.
A mãe relata que no início sentia vergonha e ficava angustiada,pois F. fazia muitas caretas para conseguir falar uma única palavra,levando as pessoas a perceberem e comentarem, o que faziam na frente de F., o que incomodava mnuito J,uma vez que F fechava-se cada vez mais com estas atitudes.
Conforme crescia,F passou a apresentar comportamentos preocupantes à J, tais como:timidez para não ter que falar com as pessoas, não falar ao telefone de maneira nenhuma e ficou com "tiques" como apertar os olhos ao fazer força para articular as palavras.
J. procurou atendimentos com:fonoaudióloga, psicóloga e neurologista.Feitas as avaliações o diagnóstico foi de gagueira temporária e o parecer da fonoaudióloga foi de que crescendo, ele conseguiria controlar a fala,necessitava amadurecimento, passando exercícos para que F e J fizessem juntos em casa, como continuação do que era feito no consultório.A psicóloga trabalhou com F as questões que o incomodavam,como por exemplo:falar ao telefone e a timidez.
Quando F passou a frequentar a escola, J repassou à professora toda história e diz ter ficado chateada por ter que repetir o fato à cada novo ano,pois as professoras não repassavam umas às outras a situação de F.
No ano de 1997 J separou-se do marido e a gagueira voltou com força total,precisando retornar para o atendimento com a fonoaudióloga e com a psicóloga.
J relata que a fonoaudióloga dizia que a articulação das palavras não acompanhava a rapidez do raciocínio, levando-o a gaguejar.F começou a controlar a fala aos 12 anos, hoje com 18 anos, não faz nenhuma careta ao falar, mas torna a gaguejar quando está muito nervoso ou com algum problema.
Em casa J procurou seguir as orientações dadas pela fonoaudióloga de não falar por ele, esperar seu tempo e principalmente, aprendeu a lidar com tranquilidade, sem preocupar-se com o que as pessoas diziam ou pensavam, trabalhando com o filho e toda família para que o tratamento fizesse efeito.
Concluindo, a outra pessoa que j relata sofrer de gagueira é seu irmão, que começou a gaguejar quando, segundo relato da mãe de J, deixou de dormir na mesma cama que uma outra irmã que sempre o protegeu muito.Hoje ele tem 39 anos e jamais interessou-se em procurar tratamento. Não tem "tiques",mas ao falar repete a mesma palavra três vezes. Tem dois filhos que não apresentam nada de gagueira."
Comments (1)
Anonymous said
at 5:22 pm on Oct 22, 2008
Olá, Artur
Sugiro que retires os nomes e sobrenomes e deixes somente as iniciais. Abra@os, Iris
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